quinta-feira, novembro 05, 2009

A festa se aproxima

Já poderia ter rolado naquele sábado, em Fortaleza. Mas os nossos adversários não ajudaram, e nem nós conseguimos ganhar. Então, o jogo do acesso, quis o destino, será no Rio. Hoje foi o segundo dia de venda de ingressos, mais de 50 mil já vendidos. Parece que, além de ser um jogo decisivo, terá todos os contornos de uma verdadeira celebração.

A tarde de sábado deve ser muito sol e calor, tempo aberto. Casa lotada, uma vitória nos coloca de volta ao lugar de onde nunca devíamos ter saído. Ou seja, o torcedor vai ao Maraca com a certeza do acesso, já que o Juventude, nosso adversário, vai fazendo figuração no campeonato. E em Caxias do Sul, foi 2-0 pra nós...

Com certeza, é o momento que o torcedor esperava, esse 7 de novembro. Justamente onze meses depois da queda, podemos escrever uma página gloriosa, de alívio, de superação, na nossa história. Pode não ser nossa história mais gloriosa, mas é algo do qual podemos nos orgulhar, e nos alegrar. Como eu disse aqui mesmo, no começo do ano, não foi um ano totalmente perdido. É com erros, enganos e detalhes, que construímos a nossa vida. Dentro de campo, não é diferente. O ano de 2009 foi proveitoso, e pode ser mais ainda.

Sábado, a festa é nossa.

domingo, outubro 25, 2009

Um pé e meio

Faltava pouco já antes do jogo. Depois que terminou, faltava ainda menos. O Vasco não fez lá uma grande jogo, mas foi o suficiente pra que vencêssemos o Bahia, 2-1. Maraca não estava lotado, mas o público foi até bom, dentro do esperado: 50 mil pessoas. Quase metade desses 50 mil deixaram pra comprar o ingresso na hora, normal.

Quanto ao jogo, como eu disse, não foi aquela maravilha, mas o time fez o gol na hora certa. Final do primeiro tempo, belo chute do Fágner. Mais uma vez, ele marca um gol importante. Ele já tinha feito contra o Vila Nova, lá no Serra Dourada, lembra?

Torcida, claro, explodiu. E eu estava lá no meio, como sempre. As arquibancadas do Maracanã foram testemunhas de mais uma grande (e bela) festa. No segundo tempo, depois de algumas chances perdidas, Élton fez um belo gol, segundo o próprio, o mais bonito de sua carreira. E numa jogada de Amaral, que havia acabado de entrar, e que tinha sido xingado por minha amiga, que estava do meu lado nas arquibancadas. Foi ela falar, e Amaral fez uma bela jogada, abrindo espaço pro Élton. Tomara que ela passe a xingar todos os reservas meia-boca que entram durante o jogo.

Depois o Bahia fez o de honra, mas eu confesso não ter visto, tamanha a empolgação. A torcida, enlouquecida, já cantava a volta à Primeira, e mesmo o título. A verdade é que falta pouco. Sábado que vem, com um pouco de sorte, e competência pra vencer o Fortaleza, estaremos de volta. O esperado dia está cada vez mais perto, falta menos de um passo.

sexta-feira, outubro 23, 2009

Tá chegando a hora da decisão

Amanhã enfrentamos o Bahia, rodada 32. Jogo no Maracanã, 16:10, e quase 30 mil ingressos já foram vendidos. Acredito que, mais uma vez, a galera vai deixar pra comprar o ingresso em cima da hora, coisa de carioca.

Li que Fernando Prass e Carlos Alberto não vão jogar, é pena. Por outro lado, os meninos que jogaram o Mundial sub-20 voltam, Alex Teixeira e Souza. Aliás, começarão jogando. Bom, sobre a partida, acho que deve ser tranquila. Torcida apoiando o tempo todo, outra vez em bom número, contra um time que está brigando pra não cair, e que vai de mal a pior.

É verdade que o Bahia venceu a última partida que disputou, mas foi em casa, e contra o Campinense. O tricolor baiano vem entregando seguidas partidas e a torcida já está quase entregando os pontos. Se perderem amanhã, aí mesmo é que fica quase impossível de escaparem. Já nós, estamos tranquilos. No outro extremo da tabela, estamos 4 pontos na frente do Guarani, que não deve perder para o ABC.

Se o Vascão conseguir outra vitória, a 19ª no campeonato, a tão sonhada volta fica cada vez mais perto. Há quem diga que ela já pode ser sacramentada amanhã. Matematicamente, creio que vai rolar lá pela 34ª ou 35ª rodada. Tomara que seja na 34ª, em casa, contra o Juventude, para que a torcida possa lotar o Maraca de novo. Se continuar assim, podemos garantir o título também em casa, na 36ª (América-RN) ou 37ª rodada (Portuguesa). Os dois jogos são em casa. A dupla festa (pela vaga e pelo título) tem tudo pra acontecer aqui mesmo no Rio.

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E o Dr. Fernando Horta já prometeu se lançar candidato à presidência nas próximas eleições no Vasco. Me parece uma boa, é um cara competente, apaixonado pelo Vasco. O problema é saber se as eleições vão ser no fim de 2010, ou no meio de 2011. Até lá, muita coisa pode rolar, até mesmo voltarmos a ganhar um título de expressão (tomara).

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Amanhã, sábado, começa o Mundial sub-17. Assim como no sub-20, o Vasco também levou jogadores para a competição, que acontece na Nigéria. Philippe Coutinho e Willen vão estar defendendo a amarelinha. O Brasil estreia contra o Japão. Ficaremos todos na torcida pra que nossos meninos consigam levar o Brasil aonde a garotada do sub-20, por pouco, não conseguiu: o título.

terça-feira, maio 12, 2009

Dois alívios

Em quatro dias, tiramos um peso considerável das costas. Eliminamos o Icasa da CDB (1-4) e vencemos o Brasiliense na estréia da Série B (1-0). Peso considerável, porque estreamos com vitória na competição em que temos obrigação de vencer, e também porque o Vasco adora ser eliminado da CDB por times sem expressão. No empate em SJ (1-1), vimos o fantasma de perto. Mas, em Juazeiro do Norte, a coisa mudou.

Atuação mais ou menos, vai. Nada demais, só uma boa vitória. Parece que Léo Lima andou lendo este blog. Uma semana depois de ser devidamente achincalhado por mim, o cara fez DOIS GOLS! Pra quem não acredita em Padre Cícero (grande personalidade de Juazeiro do Norte), olha mais um milagre dele aí...

Vílson voltou a marcar um gol.. que não foi dele. A bola bateu em dois jogadores do Icasa antes de entrar. Elton também marcou, mas se não abrir o olho, vai ser o primeiro a rodar, com a chegada do Aloísio. Agora, enfrentaremos o Vitória. Primeiro aqui, depois lá. Será difícil, um bom resultado daqui é essencial, ainda mais se não levarmos gols.

Já no sábado... bem, o sábado foi um dia especial: a estréia na Série B. A torcida já cantava antes do jogo (durante e depois também). Mais de 15 mil vascaínos fazendo um lindo show na agradável tarde de sol. Em campo, o Vasco levou um susto ou outro, com uma bola na nossa trave no começo do jogo. Fernando Prass, que substituía Tiago, lesionado, até que fez uma bela partida. Mostrou-se um reserva à altura.

O Vasco foi chegando aos poucos, mais ainda sem marcar. O grito de gol, que estava preso na garganta, querendo sair, teve que esperar o segundo tempo. Pra quem estava lá, como eu, a espera era grande, e a ansiedade era ainda maior. Mas aos 16 minutos, Rodrigo Pimpão fez ecoar este grito em São Januário. Um dos gritos de gol mais nervosos, mais emocionantes e mais altos que SJ já testemunhou. Abraços, muitos abraços na comemoração nas arquibancadas. Gente que não se conhece, que nunca se viu na vida, mas que estava ali, unida e forte, em busca de um único objetivo: apoiar o clube do coração.

É uma coisa engraçada que somente o futebol é capaz de fazer, ou de explicar. No momento de um gol, ainda mais um gol importante como esse, a alegria faz você abraçar alguém que você nunca viu na vida, como se esta pessoa fosse seu irmão, seu amigo de infância. Vi gente chorando só com a entrada do time em campo. O mesmo choro que tomou conta de São Januário, quando caímos no ano passado. Mas dessa vez, o choro era de alegria, de amor, de esperança num futuro melhor. Era uma forma de dizer: "estou aqui, não te abandonei, vou estar com você aonde estiver".

Parece poético, e realmente é. As próprias músicas entoadas pelo torcedor mostram isso. Por essa razão, meu post de hoje é em homenagem ao torcedor do Vasco da Gama. Torcedor que sai de casa, de qualquer lugar do Rio (e até de fora do Rio), só pra ver jogar o Vasco. Seja ele da Força Jovem, da TOV, da Guerreiros do Almirante, da Ira Jovem, da Rasta ou da Vasqueire, ou até sem ser de torcida organizada. Seja torcedor de arquibancada ou de social, rico ou pobre, branco ou negro. Esse foi seu dia, esse foi seu show. Parabéns à torcida vascaína, o grande craque da primeira rodada da Série B do Brasileiro 2009.

sábado, maio 02, 2009

Susto ou prévia de tragédia?

E não foi bom o primeiro jogo das oitavas da CDB para o Vasco. No pior jogo do ano (pra mim, pior mesmo que a derrota para o Botafogo), o Gigante da Colina não conseguiu de passar de um empate bem sem graça diante do modesto Icasa. Estava em São Januário, e não tem como não se lembrar de algumas vergonhas históricas que passamos em casa, pela própria Copa do Brasil (XV de Campo Bom, Baraúnas, etc).

O gol contra do goleiro do Icasa, com menos de 10 minutos de jogo, dava a pinta de que o jogo ia ser fácil pra gente, mas faltava aquele “algo a mais”, uma chegada mais contundente ao gol. Quando ela acontecia, o gol não saía. E os passes, errávamos todos eles. Chutes a gol no primeiro tempo, foram poucos. Apesar disso, o segundo tempo parecia promissor, tínhamos tempo suficiente pra aumentar a vantagem, e ir para o Nordeste bem mais tranqüilo.

Mas o que parecia fácil, foi se complicando na segunda etapa. Aqui, faço uma pergunta: o que é Léo Lima? Sim, aqueeeele Léo Lima, o que era constantemente hostilizado pelos torcedores do Vasco, em sua primeira passagem; o do cruzamento de letra; o do “talento que Deus me deu”; o que foi para a Gávea anos atrás, dizendo ser flamenguista. Sim, Léo Lima, o que ele faz lá? O que ele fez na quinta-feira? Foi ele quem entrou no lugar de Alex Teixeira, que não fez um bom jogo, de fato.

Incrível, mas todas as jogadas de ataque que passavam pelos pés do camisa 27, simplesmente paravam, não tinham efeito. Muitas vezes, morriam nos pés do próprio Léo Lima. Ele erra um passe curto, depois dois, três, quatro... até que a torcida perde a paciência. Cinco, seis passes errados, e a cada toque na bola, uma vaia. Pela primeira vez no ano, a torcida pegou no pé de algum atleta com tanta vontade, tanta raiva. E só piorou depois do gol que sofremos. Marciano, 1-1, já não muito longe do fim do segundo tempo. De fato, é de outro mundo empatar diante do Icasa, em pleno São Janu.

Agora, é que teremos de encarar o inferno em Juazeiro do Norte. Pior, eles marcaram um gol fora de casa, o que nos complica ainda mais, pois começamos o jogo eliminados (o zero a zero é deles). Na próxima quarta, a decisão: se continuamos da Copa do Brasil, ou se teremos mais um vexame no nosso currículo. A torcida espera, claro, a primeira opção.
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Vasco da Gama 1-1 Icasa
Quinta-feira, 30 de abril de 2009, 19:30

Renda/público: R$ 72.175,00 / 4.866 pagantes e 5.691 presentes.

1 VASCO: Tiago, Paulo Sérgio, Vilson, Titi (Gian, 24'/1°T) e Ramon; Amaral, Mateus, Enrico e Alex Teixeira (Léo Lima, 11'/2°T); Rodrigo Pimpão e Elton (Alan Kardec, 17'/2°T). Técnico: Dorival Júnior.

1 ICASA: Ari, Alan, Thiago e Luiz Carlos; Marcus Vinicius (Gilberto, intervalo), Guto, Panda, Esquerdinha (Dodô, 46'/2°T) e Joãozinho; Leozinho e Moré (Marciano, 231/2°T). Técnico: Flávio Araújo.

segunda-feira, abril 13, 2009

Ano perdido? Jamais.

Nunca é fácil lidar com uma eliminação. Nunca é fácil perder um clássico e, conseqüentemente, ficar de fora de uma competição onde se está indo bem. Mas é esse o momento por que passam os vascaínos. A goleada sofrida para o Botafogo foi surpreendente, e a euforia dos torcedores de desfez em pouco mais de noventa minutos.

De fato, fizemos uma partida ruim. O time não se achou em campo, errou muitos passes e esteve em uma noite irreconhecível. Não faltou vontade, mas faltou futebol e um pouco de sorte também. Ramon não subia como de costume; Carlos Alberto errava demais, o domínio já não era perfeito; Pimpão corria, mas nada além disso. Mesmo Nilton, que esteve perfeito nos últimos jogos, não agradou. Enfim, todo o time errou muito. O Botafogo se aproveitou desses erros e abriu 2-0 com menos de meia-hora de encontro.

Entre os 40 minutos do primeiro tempo e os 10 minutos do segundo, o Vasco finalmente pressionou com consistência, mas o fator sorte não esteve do nosso lado; a falta de competência no momento de finalizar também prejudicou. Depois, Leonardo acabou expulso, e o caldo entornou de vez. Quatro a zero, devolveram-nos a goleada imposta três semanas atrás. Poderia ter sido bem mais.

Os torcedores alvinegros, impiedosos, falavam em vingança, lembraram-se que jogaremos a segundona (logo eles pra nos dizerem isso), e que eles estão classificados para a final. Havia quem falasse em fim de temporada para o Clube da Colina, “o ano acabou”, diziam alguns rivais. Mesmo com alguns absurdos que fui obrigado a ouvir hoje, digo: o ano está longe de acabar.

Não, não é apenas pelo fato de estarmos ainda em abril. Mesmo fora do Carioca, ainda temos, no calendário, a Copa do Brasil, e a disputa da 2ª Divisão. “Haha, Copa do Brasil... vocês realmente acham que vão chegar a disputar taça?”, foi um dos impropérios que escutei hoje. Ate onde eu sei, entre os sessenta e tantos times que ainda lutam pela vaga, todos tem condições de chegarem à decisão. Uns mais, outros menos, é bem verdade. Mas parece que se esquecem que, ano passado, com uma equipe tecnicamente mais fraca do que a atual chegamos à semifinal, onde somente perdemos para o Campeão.

Desafios: a vida está cheia deles. E o desse ano está muito além da conquista de qualquer troféu. Tem tudo a ver com orgulho, redenção, provar ao Brasil e ao mundo que somos, sim, o time da virada. Sei que este é o momento mais crítico de nossa história, já que nunca havíamos sido rebaixados nem em futebol de botão. Mas é exatamente em momentos como esse, que todos, sem exceção, precisam mostrar do que são feitos. Mostrar o quão grande e esse clube, fazer merecer voltar para a elite.

Desde o começo da nossa caminhada, fomos e somos perseguidos. Primeiro, por ser o clube dos portugueses. Depois, por ser o clube dos negros, operários, nordestinos, pobres. Em seguida, por ser o clube que não tinha estádio. E hoje, por sermos o clube do povo, para o povo, um clube democrático. Fomos sempre assim, faz parte da personalidade do Vasco da Gama, despido de preconceitos, desde o começo. Os outros não sabem o que querem. Na verdade, sabem: tentar diminuir, ocultar a história mais bonita de um clube no Brasil. Mas a voz que ecoa das próprias arquibancadas não deixa ninguém esquecer. Podem dizer que é coisa de coitadinho, mania de perseguição... Por sermos pioneiros, vencedores, campeões, sempre quiseram ser como a gente. A famosa frase diz que ninguém inveja o fraco, e essa é uma verdade que cabe por aqui. O momento é de reerguimento, de provar a todos, sem exceção, o quanto somos (e nunca deixamos de ser) fortes.

Sei que é duro olhar para o placar do Maracanã, e ver “Vasco 0-4 Botafogo”. Não é comum, já que são mais de 50 vitórias de vantagem que temos sobre eles (isso eles se esquecem, engraçado). Mas a caminhada esse ano será cheia de percalços, com diversas pedras e obstáculos no caminho. Para o torcedor, é momento de manter erguida a cabeça, manter o orgulho de vestir a Cruz-de-Malta. Que falem, que pensem, que critiquem. O Vasco, sua torcida, sua tradição, suas glórias, são infinitamente superiores a tudo que possam alegar, para fazer pouco de nossa incontestável história.

Não esqueçam, cruzmaltinos, de que sempre vão fazer de tudo para colocar a caravela a pique. Cabe a nós, mantê-la flutuando. Mesmo com todas as tempestades e tormentas que possam surgir ao longo da noite, o sol sempre vai se erguer pela manhã, e navegaremos, merecidamente, num mar de calmaria.

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Abrindo o Diário

É Ano Novo, e com ele vêm esperança, fé, e o desejo de que todas as nossas aspirações se concretizem. E pra começar bem o ano, decidi abrir esse blog aqui, como bom vascaíno que sou, pra descrever como é a vida de um torcedor do Vasco da Gama. Já que ganhei uma agenda nova esse ano (como em todos os anos, aliás), resolvi transferir algumas coisas pra internet. A diferença é que esse ano pretendo preencher toda a minha agenda, ao contrário dos últimos anos. A própria agenda de 2008 está intacta até agora.

E nesse ano de 2009, já começaremos de uma maneira que não é lá muito confortável. Pela primeira vez em qualquer campeonato, o Vasco foi rebaixado. O Campeonato Brasileiro foi uma terrível jornada pra nós, e esse ano é de mudança, reviravolta, e acima de tudo, de resgate do orgulho dos vascaínos. O Carioca e a Copa do Brasil estão aí, mas a Divisão do Nacional já não é mais a mesma, infelizmente.

Ano Novo, fornecedor de uniforme novo, campeonato novo, jogadores novos. E tomara que a gente possa trazer ao menos um troféu importante pra casa, o da Série B, pra voltarmos logo pra Primeira Divisão. Será um ano difícil, ao que tudo indica.

É isso, aproveitem, comentem, discutam. Aqui qualquer um que queira bem à Cruz-de-Malta é bem-vindo.