Em quatro dias, tiramos um peso considerável das costas. Eliminamos o Icasa da CDB (1-4) e vencemos o Brasiliense na estréia da Série B (1-0). Peso considerável, porque estreamos com vitória na competição em que temos obrigação de vencer, e também porque o Vasco adora ser eliminado da CDB por times sem expressão. No empate em SJ (1-1), vimos o fantasma de perto. Mas, em Juazeiro do Norte, a coisa mudou.
Atuação mais ou menos, vai. Nada demais, só uma boa vitória. Parece que Léo Lima andou lendo este blog. Uma semana depois de ser devidamente achincalhado por mim, o cara fez DOIS GOLS! Pra quem não acredita em Padre Cícero (grande personalidade de Juazeiro do Norte), olha mais um milagre dele aí...
Vílson voltou a marcar um gol.. que não foi dele. A bola bateu em dois jogadores do Icasa antes de entrar. Elton também marcou, mas se não abrir o olho, vai ser o primeiro a rodar, com a chegada do Aloísio. Agora, enfrentaremos o Vitória. Primeiro aqui, depois lá. Será difícil, um bom resultado daqui é essencial, ainda mais se não levarmos gols.
Já no sábado... bem, o sábado foi um dia especial: a estréia na Série B. A torcida já cantava antes do jogo (durante e depois também). Mais de 15 mil vascaínos fazendo um lindo show na agradável tarde de sol. Em campo, o Vasco levou um susto ou outro, com uma bola na nossa trave no começo do jogo. Fernando Prass, que substituía Tiago, lesionado, até que fez uma bela partida. Mostrou-se um reserva à altura.
O Vasco foi chegando aos poucos, mais ainda sem marcar. O grito de gol, que estava preso na garganta, querendo sair, teve que esperar o segundo tempo. Pra quem estava lá, como eu, a espera era grande, e a ansiedade era ainda maior. Mas aos 16 minutos, Rodrigo Pimpão fez ecoar este grito em São Januário. Um dos gritos de gol mais nervosos, mais emocionantes e mais altos que SJ já testemunhou. Abraços, muitos abraços na comemoração nas arquibancadas. Gente que não se conhece, que nunca se viu na vida, mas que estava ali, unida e forte, em busca de um único objetivo: apoiar o clube do coração.
É uma coisa engraçada que somente o futebol é capaz de fazer, ou de explicar. No momento de um gol, ainda mais um gol importante como esse, a alegria faz você abraçar alguém que você nunca viu na vida, como se esta pessoa fosse seu irmão, seu amigo de infância. Vi gente chorando só com a entrada do time em campo. O mesmo choro que tomou conta de São Januário, quando caímos no ano passado. Mas dessa vez, o choro era de alegria, de amor, de esperança num futuro melhor. Era uma forma de dizer: "estou aqui, não te abandonei, vou estar com você aonde estiver".
Parece poético, e realmente é. As próprias músicas entoadas pelo torcedor mostram isso. Por essa razão, meu post de hoje é em homenagem ao torcedor do Vasco da Gama. Torcedor que sai de casa, de qualquer lugar do Rio (e até de fora do Rio), só pra ver jogar o Vasco. Seja ele da Força Jovem, da TOV, da Guerreiros do Almirante, da Ira Jovem, da Rasta ou da Vasqueire, ou até sem ser de torcida organizada. Seja torcedor de arquibancada ou de social, rico ou pobre, branco ou negro. Esse foi seu dia, esse foi seu show. Parabéns à torcida vascaína, o grande craque da primeira rodada da Série B do Brasileiro 2009.
terça-feira, maio 12, 2009
sábado, maio 02, 2009
Susto ou prévia de tragédia?
E não foi bom o primeiro jogo das oitavas da CDB para o Vasco. No pior jogo do ano (pra mim, pior mesmo que a derrota para o Botafogo), o Gigante da Colina não conseguiu de passar de um empate bem sem graça diante do modesto Icasa. Estava em São Januário, e não tem como não se lembrar de algumas vergonhas históricas que passamos em casa, pela própria Copa do Brasil (XV de Campo Bom, Baraúnas, etc).
O gol contra do goleiro do Icasa, com menos de 10 minutos de jogo, dava a pinta de que o jogo ia ser fácil pra gente, mas faltava aquele “algo a mais”, uma chegada mais contundente ao gol. Quando ela acontecia, o gol não saía. E os passes, errávamos todos eles. Chutes a gol no primeiro tempo, foram poucos. Apesar disso, o segundo tempo parecia promissor, tínhamos tempo suficiente pra aumentar a vantagem, e ir para o Nordeste bem mais tranqüilo.
Mas o que parecia fácil, foi se complicando na segunda etapa. Aqui, faço uma pergunta: o que é Léo Lima? Sim, aqueeeele Léo Lima, o que era constantemente hostilizado pelos torcedores do Vasco, em sua primeira passagem; o do cruzamento de letra; o do “talento que Deus me deu”; o que foi para a Gávea anos atrás, dizendo ser flamenguista. Sim, Léo Lima, o que ele faz lá? O que ele fez na quinta-feira? Foi ele quem entrou no lugar de Alex Teixeira, que não fez um bom jogo, de fato.
Incrível, mas todas as jogadas de ataque que passavam pelos pés do camisa 27, simplesmente paravam, não tinham efeito. Muitas vezes, morriam nos pés do próprio Léo Lima. Ele erra um passe curto, depois dois, três, quatro... até que a torcida perde a paciência. Cinco, seis passes errados, e a cada toque na bola, uma vaia. Pela primeira vez no ano, a torcida pegou no pé de algum atleta com tanta vontade, tanta raiva. E só piorou depois do gol que sofremos. Marciano, 1-1, já não muito longe do fim do segundo tempo. De fato, é de outro mundo empatar diante do Icasa, em pleno São Janu.
Agora, é que teremos de encarar o inferno em Juazeiro do Norte. Pior, eles marcaram um gol fora de casa, o que nos complica ainda mais, pois começamos o jogo eliminados (o zero a zero é deles). Na próxima quarta, a decisão: se continuamos da Copa do Brasil, ou se teremos mais um vexame no nosso currículo. A torcida espera, claro, a primeira opção.
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Vasco da Gama 1-1 Icasa
Quinta-feira, 30 de abril de 2009, 19:30
Renda/público: R$ 72.175,00 / 4.866 pagantes e 5.691 presentes.
1 VASCO: Tiago, Paulo Sérgio, Vilson, Titi (Gian, 24'/1°T) e Ramon; Amaral, Mateus, Enrico e Alex Teixeira (Léo Lima, 11'/2°T); Rodrigo Pimpão e Elton (Alan Kardec, 17'/2°T). Técnico: Dorival Júnior.
1 ICASA: Ari, Alan, Thiago e Luiz Carlos; Marcus Vinicius (Gilberto, intervalo), Guto, Panda, Esquerdinha (Dodô, 46'/2°T) e Joãozinho; Leozinho e Moré (Marciano, 231/2°T). Técnico: Flávio Araújo.
O gol contra do goleiro do Icasa, com menos de 10 minutos de jogo, dava a pinta de que o jogo ia ser fácil pra gente, mas faltava aquele “algo a mais”, uma chegada mais contundente ao gol. Quando ela acontecia, o gol não saía. E os passes, errávamos todos eles. Chutes a gol no primeiro tempo, foram poucos. Apesar disso, o segundo tempo parecia promissor, tínhamos tempo suficiente pra aumentar a vantagem, e ir para o Nordeste bem mais tranqüilo.
Mas o que parecia fácil, foi se complicando na segunda etapa. Aqui, faço uma pergunta: o que é Léo Lima? Sim, aqueeeele Léo Lima, o que era constantemente hostilizado pelos torcedores do Vasco, em sua primeira passagem; o do cruzamento de letra; o do “talento que Deus me deu”; o que foi para a Gávea anos atrás, dizendo ser flamenguista. Sim, Léo Lima, o que ele faz lá? O que ele fez na quinta-feira? Foi ele quem entrou no lugar de Alex Teixeira, que não fez um bom jogo, de fato.
Incrível, mas todas as jogadas de ataque que passavam pelos pés do camisa 27, simplesmente paravam, não tinham efeito. Muitas vezes, morriam nos pés do próprio Léo Lima. Ele erra um passe curto, depois dois, três, quatro... até que a torcida perde a paciência. Cinco, seis passes errados, e a cada toque na bola, uma vaia. Pela primeira vez no ano, a torcida pegou no pé de algum atleta com tanta vontade, tanta raiva. E só piorou depois do gol que sofremos. Marciano, 1-1, já não muito longe do fim do segundo tempo. De fato, é de outro mundo empatar diante do Icasa, em pleno São Janu.
Agora, é que teremos de encarar o inferno em Juazeiro do Norte. Pior, eles marcaram um gol fora de casa, o que nos complica ainda mais, pois começamos o jogo eliminados (o zero a zero é deles). Na próxima quarta, a decisão: se continuamos da Copa do Brasil, ou se teremos mais um vexame no nosso currículo. A torcida espera, claro, a primeira opção.
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Vasco da Gama 1-1 Icasa
Quinta-feira, 30 de abril de 2009, 19:30
Renda/público: R$ 72.175,00 / 4.866 pagantes e 5.691 presentes.
1 VASCO: Tiago, Paulo Sérgio, Vilson, Titi (Gian, 24'/1°T) e Ramon; Amaral, Mateus, Enrico e Alex Teixeira (Léo Lima, 11'/2°T); Rodrigo Pimpão e Elton (Alan Kardec, 17'/2°T). Técnico: Dorival Júnior.
1 ICASA: Ari, Alan, Thiago e Luiz Carlos; Marcus Vinicius (Gilberto, intervalo), Guto, Panda, Esquerdinha (Dodô, 46'/2°T) e Joãozinho; Leozinho e Moré (Marciano, 231/2°T). Técnico: Flávio Araújo.
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